D. Maria I - A Piedosa

D. Maria I - A Piedosa

1786 – 1799 

CASA de BRAGANÇA
Rei de Portugal e Algarves
26º Soberano de Portugal

1786 – 1799

Dama de grandes virtudes, muito instruída e culta, entregou-se fervorosamente à religião, o que contribuiu para influenciar muito em suas decisões de Estado. Apesar dos percalços, o fomento da indústria e do comércio tiveram continuidade em seu reinado, dando sequência natural ao empreendido pelo governo anterior, todavia sem a figura do Marquês de Pombal.

Houve incremento na educação, nas artes e na ciências: foram reformadas as normas dos processos judiciais e reconstituída a Ordem Militar de Cristo. A morte do marido, em 1786, e a do príncipe herdeiro, D. José, em 1788, contribuíram para agravar o estado mental da soberana. As notícias que chegavam da França, a tomada da Bastilha, a fuga dos reis e o avanço da revolução republicana afetaram seriamente o estado psíquico da rainha, conduzindo-a a um estado de idiotia, obrigando seu filho, D. João, a assumir o governo.

Dona Maria I faleceu em 20 de março de 1816. Seus restos se encontram na Basílica da Estrela.

Para a numismática brasileira, esse foi um período sem grandes novidades nem alterações. Foram mantidos todos os padrões anteriores, a cunhagem do cobre foi exclusivamente feita em Lisboa e a de prata só começou a ser feita no Rio em 1791 (foram cunhados os valores de 320 e 640 Réis) e na Bahia em 1799 (somente 640 Réis).

No ouro, foi absolutamente idêntica à cunhagem de seu antecessor.

Em 1789 houve uma emissão de moedas da série “J” usando os cunhos 1774-R.

Se por um lado não existiram inovações na emissão desse período, por outro lado as moedas cunhadas experimentaram interessantes variações. É o caso das três fases da vida da rainha, retratadas nas moedas de ouro: 1777-1786, ao lado do rei D Pedro III: 1787-1790, com Véu de viúva e 1790-1803, Toucado. Entre as moedas de prata e cobre cunhadas em Lisboa, a principal distinção está na coroa, havendo variedades de Alta e Baixa.

Não são conhecidos os motivos dessa variação, mas o mais provável é que cada abridor tivesse sua “marca registrada” sob a forma do estilo da coroa.

Com a deterioração do estado de saúde da soberana, seu filho, D. João foi obrigado a assumir o controle do governo, ordenando a única alteração monetária ocorrida: Na emissão das moedas de cobre foi determinada a quebra do padrão monetário, ou seja, nas emissões a partir de 1799 os valores de X, XX e XL Réis foram cunhados com a metade do peso anterior.

Cabe ressaltar que o valor de V Réis dessa série não é emissão dessa época, pois foi cunhado em 1881-82 a mando do rei D. Luís, numismata que queria “completar a série”.

Coroa Baixa

1ª classe [Superfície: praticamente sem defeitos de cunho]

Anverso

MARIA.I.D.G.P.ET.BRASILIÆS.REGINA.

XL dividido entre 3 florões verticais, dentro de círculo de pérolas. Data entre florões.

Reverso

PECUNIA . TOTUM . CIRCUMIT . ORBEM .
Esfera armilar, sem letra monetária.

CARACTERÍSTICAS
VALOR 2 VINTÉNS
CASA DA MOEDA LISBOA
COROA BAIXA
LETRA MONETÁR. Sem Letra
COMPOSIÇÃO Cobre
DIÂMETRO 40 mm
PESO 28,68 g (8 oitavas)
TIPO Moeda Colonial
REVERSO Medalha
BORDO Liso
FORMA Redonda
DESMOTIZADO Sim

Anverso

MARIA.I.D.G.P.ET.BRASILIÆS.REGINA.

XL dividido entre 3 florões verticais, dentro de círculo de pérolas. Data entre florões.

Reverso

PECUNIA . TOTUM . CIRCUMIT . ORBEM .
Esfera armilar, sem letra monetária.

Detalhes ampliados: Na esquerda, detalhe da coroa com ganchos e a direita, coroa sem ganchos. As duas variantes possuem 41 tulipas

XL Réis

1ª classe [Superfície: Praticamente sem defeitos de cunho]

Coroa Baixa

Anverso

MARIA.I.D.G.P.ET.BRASILIÆS.REGINA.

XL dividido entre 3 florões verticais, dentro de círculo de pérolas. Data entre florões.

Reverso

PECUNIA . TOTUM . CIRCUMIT . ORBEM .
Esfera armilar, sem letra monetária.

CARACTERÍSTICAS
VALOR 2 VINTÉNS
CASA DA MOEDA LISBOA
COROA BAIXA
LETRA MONETÁR. Sem Letra
COMPOSIÇÃO Cobre
DIÂMETRO 40 mm
PESO 28,68 g (8 oitavas)
TIPO Moeda Colonial
REVERSO Medalha
BORDO Liso
FORMA Redonda
DESMOTIZADO Sim

Gravador desconhecido. Moeda colonial à razão de 5 réis a oitava.

XL Réis

1ª classe [Superfície: Praticamente sem defeitos de cunho]

Coroa Média

Anverso

MARIA.I.D.G.P.ET.BRASILIÆS.REGINA.

XL dividido entre 3 florões verticais, dentro de círculo de pérolas. Data entre florões.

Reverso

PECUNIA . TOTUM . CIRCUMIT . ORBEM .
Esfera armilar, sem letra monetária.

CARACTERÍSTICAS
VALOR 2 VINTÉNS
CASA DA MOEDA LISBOA
COROA BAIXA
LETRA MONETÁR. Sem Letra
COMPOSIÇÃO Cobre
DIÂMETRO 40 mm
PESO 28,68 g (8 oitavas)
TIPO Moeda Colonial
REVERSO Medalha
BORDO Liso
FORMA Redonda
DESMOTIZADO Sim

Gravador desconhecido. Moeda colonial à razão de 5 réis a oitava.