Maria I e Petrus III

Dona Maria I nasceu em Lisboa, em 17 de dezembro de 1734.

Antes mesmo de ascender ao trono, em 24 de fevereiro de 1777, casou-se com seu tio, o infante D. Pedro, em 6 de junho de 1760. Tão logo assumiu a coroa reinante, deu a seu marido o título de rei; ao mesmo tempo mandou ao exílio seu maior inimigo e opositor, Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquệs de Pombal, destituindo-o de todos os cargos públicos que haviam sido concedidos ao estadista por seu antecessor D. José I.

Alguns dias após a sua posse, ordenou que os portões das prisões fossem abertos, dando liberdade ao antigos inimigos do Marquês de Pombal, beneficiando assim mais de
800 desterrados.

A exemplo do que havia realizado seu avo, D. João V, erigiu suntuoso monumento, hoje conhecido como Basílica da Estrela, uma grandiosa obra que custou mais de 16 milhões de cruzados aos cofres da coroa, batizado, à época, como Santíssimo Coração de Jesus.

Dom Pedro III, incapaz de auxiliar e aconselhar a esposa nos negócios de Estado, preferiu dedicar sua vida à religião, vindo a falecer em 25 de maio de 1786, vítima de apoplexia.
Embora seja considerado pelos contemporâneos como uma figura politicamente neutra, possuía uma grande influência sobre sua sobrinha e esposa que terminava sempre por atender as suas petições, que alguns classificavam como sendo “na maioria das vezes deslocadas”. Quando inquerido sobre esta ou aquela individualidade, emitia sempre a sua inalteravel opinião: “E capaz e idôneo!” cuja verbalização, involuntariamente aglutinada, das qualidades “capaz” e “idôneo”, lhe valeu o impiedoso codinome de “Capacidônio”.

Lançou em 24 de Outubro de 1779, a primeira pedra da Basílica da Estrela, mandada construir pela rainha Dona Maria I, como já citado anteriormente, em cumprimento de uma promessa feita, caso lhe fosse concedida descendência varonil. Dom Pedro III foi protetor da alta fidalguia. Patrocinou as petições dos herdeiros dos justiçados pelo célebre Processo dos Távoras, cuja reabilitação foi objeto de novos processos judiciais, em que os interessados não obtiveram a restituição dos bens.